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Fiat Toro vale a pena comprar? É Bom de revenda? Manutenção é cara? 2024

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A partir de 2016, a picape Fiat Toro se converteu em um dos veículos mais cobiçados do país. Em 2024 ela ainda se posiciona como a picape compacta mais procurada do mercado brasileiro. Mas será que é apenas uma febre geral ou realmente vale a pena comprar? Veja a seguir como tem sido sua revenda e se a manutenção é cara. Fique conosco!

Fiat Toro vale a pena comprar? É Bom de revenda? Manutenção é cara? 2024

Vale a Pena Comprar a Fiat Toro?

Já foi aclamada como “a melhor inovação da década” (2010 a 2019). A picape Fiat Toro, uma vez mais, apresentou um desempenho exemplar em nossa recente experiência com o automóvel – percorremos mais de 1.500 km, atravessando municípios, estradas em boas condições, estradas precárias, propriedades de cultivo de soja e utilização tanto sob o sol quanto sob a chuva.

Vale a Pena

Manejo. A Fiat Toro angariou uma ampla clientela devido à sua dualidade: combina a versatilidade de uma picape média com a agilidade de um SUV compacto. Diferentemente das picapes mais convencionais (Toyota Hilux, Chevrolet S10, Ford Ranger), a Toro não apresenta a aparência de um caminhão durante a condução, ao invés disso, o manuseio é simples e a facilidade em se adapar a terrrenos variados com um carro comum.

Ainda mais vantajoso: como um SUV contemporâneo, uma vez que oferece uma posição de condução bastante elevada. O segredo da Toro reside na escolha da Fiat de criar uma picape cabine dupla com carroceria monobloco. Isso revolucionou o segmento, já que as picapes cabine dupla eram ou extremamente pequenas (Fiat Strada, VW Saveiro, Chevrolet Montana) ou possuíam carroceria sobre chassi, fazendo com que a cabine se movesse em relação à estrutura.

Design. Sinceramente, não foi a Fiat Toro que criou a categoria de picapes de tamanho intermediário (entre as pequenas e as médias). A pioneira foi a Renault Duster Oroch, que foi lançada no mercado alguns meses antes. No entanto, enquanto a Renault Oroch tinha um estilo que não correspondia à sua qualidade, a Fiat Toro foi uma das criações brilhantes do designer Peter Fassbender, com traços contemporâneos e robustos, além de apresentar soluções engenhosas (como a caçamba que abre lateralmente).

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Conforto. Com um espaço interno que proporciona acomodação confortável para duas pessoas na dianteira e três pessoas na parte traseira, a Fiat Toro rapidamente se transformou em uma opção de escolha para aqueles que não podiam adquirir uma picape cabine dupla convencional. Além disso, com uma caçamba de bagagem (caçamba) com capacidade superior a 900 litros, a Toro tornou-se um veículo extremamente versátil. Além disso, a equipe de engenharia da Fiat realizou um trabalho excepcional na suspensão traseira (que é multilink e possui braços adicionais), conferindo à Toro uma grande estabilidade ao percorrer qualquer tipo de terreno.

Desempenho. Desde que foi lançada, a Toro apresentou um eficiente propulsor 2.0 turbo diesel de 170 cv da Fiat, acoplado a uma transmissão automática de 9 marchas e sistema de tração 4×4. Nas versões movidas a combustível flexível, contou com um motor 1.8 de 139 cv, combinado a uma transmissão automática de 6 marchas, e um motor 2.4 de 186 cv, associado a uma transmissão automática de 9 marchas. O sólido torque disponível sempre proporcionou agilidade no tráfego urbano e segurança nas ultrapassagens em estradas. Recentemente, a Toro recebeu um novo motor 1.3 turbo flex de 185 cv e 270 Nm.

Multimídia. Durante sua trajetória, a Fiat Toro tem acompanhado as atualizações em termos de conectividade. Sempre que surgem aprimoramentos nos sistemas disponíveis, a Toro é um dos primeiros automóveis a receber as atualizações. Ao contrário da Renault Oroch, cuja central multimídia está mal posicionada na parte inferior do painel, a Toro sempre manteve a tela multimídia na mesma altura do quadro de instrumentos. Agora, recebeu uma tela ainda maior, assemelhando-se a um tablet em posição vertical (como nos modelos da Volvo) e teve os serviços de conexão remota aprimorados. Agora é possível ligar o carro e o ar-condicionado, além de verificar alguns status do veículo, mesmo sem estar próximo dele.

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NÃO Vale a Pena

Raio de giro. Desde que foi lançada, a Fiat Toro apresenta um péssimo raio de giro, o que causa inconvenientes em estacionamentos. Em algumas situações, é necessário fazer manobras de marcha à ré, atrapalhando o fluxo de veículos, pois a Toro simplesmente não vira o suficiente para realizar a curva necessária. A Fiat afirma que houve uma pequena melhora na linha atual. Talvez tenha ocorrido, mas esse ponto negativo da picape não foi alterado.

Consumo. É verdade que estamos lidando com um automóvel de tamanho considerável, com 1.670 kg (Toro Volcano 4×2), mas os números oficiais de autonomia e eficiência não são especialmente impressionantes. Recentemente, a Fiat obteve uma redução de 7,4% no consumo de combustível. Com etanol, a eficiência passou de 6,6 para 6,8 km/l na cidade e de 8,0 para 8,2 km/l na estrada. Já com gasolina, a Toro Flex foi de 9,5 para 9,7 km/l na cidade e de 11,2 para 11,6 km/l na estrada. O dilema reside no fato de que a transmissão automática de 6 marchas aparentemente não é adequada para os 180/185 cv do motor (gasolina/etanol), quando se trata de economia de combustível. Uma transmissão CVT de 7 marchas poderia talvez melhorar esse aspecto.

Espaço interno: A Fiat Toro é classificada como uma picape de tamanho intermediário, ou seja, encontra-se entre modelos como Fiat Strada e Nissan Frontier, por exemplo. Sua principal vantagem em termos de comodidade é o ajuste de suspensão e a sensação de estar em um SUV, mas o espaço interno pode ser um problema. Mesmo com quase 3 metros de distância entre eixos, a picape monobloco não oferece muito conforto e pode tornar viagens longas cansativas para os passageiros da fileira de trás. O ideal, no caso da Toro, é que uma família composta por um casal e duas crianças a utilize. Adultos com mais de 1,80m de altura enfrentarão dificuldades.

Preço: A Toro é um automóvel excelente, mas o valor de algumas versões, especialmente as equipadas com motor diesel, já se aproxima dos concorrentes de porte maior.

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Por exemplo: a Fiat Toro Volcano 4×4 Turboflex tem preço inicial de R$ 211 mil, sem opcionais. Com apenas R$ 20 mil a mais, é possível adquirir uma Nissan Frontier 2024 na versão S, a entrada da linha dessa caminhonete japonesa, que já conta com um bom nível de equipamentos, além de ser robusta e potente.

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O Fiat Toro É Bom de Revenda?

A Toro figura entre os carros que mais sofrem desvalorização na hora da revenda. A lista foi feita com os modelos que mais sofreram desvalorização no ano passado e a Fiat Toro está em 5º lugar com 10,71% de desvalorização em um ano na revenda. A Toro fica atrás somente do Peugeot 208, da Chevrolet S10 e da dupla VW Gol e Voyage (fora de linha em 2023) res´pectivamente.

A Manutenção da Toro é Cara?

Os preços para a motorização 1.8 E.torQ Evo (fora de linha) e a motorização 1.3 Turbo variam consideravelmente em diferentes etapas de quilometragem, enquanto o modelo com motorização 2.0 Multijet II também apresenta um aumento significativo no custo das manutenções ao atingir 60.000 km.

Aos 10.000 km, a manutenção para a motorização 1.8 E.torQ Evo e a motorização 1.3 Turbo custam R$ 348 e R$ 672, respectivamente. Aos 20.000 km, os preços para o mesmo modelo com motor 1.8 E.torQ Evo sobem para R$ 824, enquanto para o motor 1.3 Turbo o custo cai para R$ 784, sendo mais vantajoso nesse ponto.

Aos 30.000 km, o valor para a motorização 1.8 E.torQ Evo se mantém em R$ 700, e para a motorização 1.3 Turbo volta a ser R$ 672. Porém, aos 40.000 km, os preços aumentam para R$ 988 (1.8 E.torQ Evo) e R$ 952 (1.3 Turbo).

Ao chegar aos 50.000 km, o custo da manutenção para o motor 1.8 E.torQ Evo é de R$ 780, enquanto o motor 1.3 Turbo mantém o preço em R$ 700.

Por fim, aos 60.000 km, a motorização 1.8 E.torQ Evo atinge o valor de R$ 1.712, e a motorização 1.3 Turbo é de R$ 1.440. Já o modelo com motor 2.0 Multijet II alcança R$ 1.700.

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Roberto Seixas, também conhecido como Roberto Carros, é entusiasta do setor automotivo desde pequeno, onde começou uma incrível coleção de miniaturas. Natural de São Paulo/SP, é formado em jornalismo na Universidade Nove de Julho e é um dos principais redatores do Carros Lançamentos. Um dos Hobbies favoritos é colecionar revistas de carros e ir em encontros, seja de carros antigos, novos ou motos. Não perde um Salão do Automóvel, Formula 1, Stock Car, Moto GP e qualquer outra competição de veículos automotores. Está sempre antenado para trazer as novidades em primeira mão com riqueza de detalhes para todos brasileiros apaixonados por carros e motos.

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