Dicas
Consórcio pode ser alternativa para compra de bens caros 2024
Modalidade representa mais da metade das compras de veículos feitas no Brasil.
Dos veículos vendidos no Brasil, entre automóveis, utilitários e camionetes, 51,3% são comprados por meio de consórcio, segundo informações da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Além disso, a cada seis imóveis comercializados no país, um é vendido por esse sistema, conforme a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac). Os dados evidenciam como a modalidade pode ser uma alternativa para a compra de bens caros, sem a necessidade de pagar juros por isso.
De acordo com a Abac, o sistema de consórcios atingiu 9,8 milhões de cotistas participantes entre janeiro e julho de 2023. Foram R$ 178 bilhões de créditos comercializados no setor, impulsionados por novos hábitos de consumo e pela tentativa do brasileiro de fugir das altas taxas de juros do financiamento.
Segundo pesquisa do Webmotors Autoinsights, 89% dos consumidores entrevistados pretendiam trocar de carro até 2024, aproveitando o crescimento do setor. Para se ter ideia, de acordo com o vice-presidente de Negócios da Embracon – administradora de consórcio associada ao Instituto Ethos -, Luís Toscano, a modalidade com mais vendas é a automotiva.
O sistema de consórcio também movimenta o mercado imobiliário. No primeiro quadrimestre de 2023, dados da Abac indicaram que as contemplações no setor representaram, aproximadamente, 16,5% do total de 212,48 mil imóveis financiados.
Consumidores se unem para aquisição colaborativa
Apoiado pela Lei 11.795, o sistema de consórcio permite que os brasileiros se reúnam para poupar e adquirir bens materiais de maneira colaborativa e sem juros. Na prática, o consumidor paga um boleto mensal. O valor passa a render juros conforme a taxa Selic e, ao ser contemplado, o consorciado pode comprar um bem.
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Todo mês, alguém é sorteado e ganha uma carta de crédito para fazer a aquisição. Além disso, é possível acelerar a contemplação a partir de lances. Aplicações financeiras, como Certificado de Depósito Bancário (CDB), Tesouro Direto, Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e ações, também podem ser utilizadas como fonte para realizar lances e acelerar a contemplação.
É melhor fazer um consórcio ou um financiamento?
De acordo com informações da Bolsa de Valores (B3), as opções de crédito mais comuns no país são o financiamento e o consórcio. Ambas atendem ao objetivo de pagar por um bem aos poucos, mas contam com diferenças entre si. Para escolher entre as alternativas, é preciso levar em consideração a urgência da aquisição e calcular todos os custos envolvidos.
Os consórcios contam com parcelas mais em conta em comparação ao financiamento. Elas aumentam depois da contemplação e do recebimento do bem, mas, ainda assim, são menores. Além disso, não há cobrança de juros, apenas taxas de administração pagas à empresa administradora do consórcio.
Nesta modalidade, não é possível saber quando o bem estará nas mãos do comprador, já que, a cada mês, uma das pessoas do grupo de consorciados é sorteada. Existe, ainda, a possibilidade de outros consumidores entrarem com uma quantia maior para dar lances e acelerar o processo de compra, passando na frente dos demais.
Como o fator sorte deve ser levado em conta, esta não é a alternativa mais recomendada para quem tem pressa em concluir a aquisição e usufruir do bem. Em casos de desistência, é possível receber o valor investido de volta, mas é preciso pagar uma taxa.
Por outro lado, caso o consumidor precise do bem no curto prazo, o financiamento é a opção mais indicada. Para isso, é preciso separar uma quantia para dar o valor de entrada, apresentar os documentos exigidos à instituição financeira responsável e pegar as chaves do bem adquirido, no caso de imóveis ou veículos.
A partir daí, as parcelas do financiamento devem ser pagas. Elas costumam ser mais altas em relação ao consórcio, além de contarem com a incidência de juros, conforme a Selic. A modalidade oferece a possibilidade de o cliente alongar os boletos, ou seja, conseguir mais tempo para quitar o valor total do bem.
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