Melhores Carros dos anos 90 2024

A última década do século XX se revelou como um período efervescente no cenário automobilístico brasileiro. Foi durante esses anos que o governo nacional abriu as portas para a importação de veículos, impondo desafios significativos às marcas que mantinham suas linhas de produção no país.

Em virtude dessas mudanças e outros motivos, os consumidores brasileiros começaram a testemunhar soluções até então inéditas nos automóveis, tanto nacionais quanto importados. Entre essas inovações destacam-se os motores de 16 válvulas, a tecnologia turbo e a introdução da injeção eletrônica de combustível.

Sem mais delongas, vamos aos 15 Melhores Carros dos anos 90!

Chevrolet Opala Diplomata

Dentre os modelos luxuosos, uma notável gama de opções se concentrava na linha da Chevrolet, que indiscutivelmente se destacava na oferta de veículos de luxo na década de 90. Nesse contexto, o Chevrolet Opala Diplomata, no final de sua trajetória, encerrou sua produção em 1992. Apesar de sua obsolescência e consumo elevado comparado a outros modelos nacionais, sua aura de luxo e desempenho ainda capturava a atenção, pois o Opala havia deixado sua marca desde o final dos anos 60.

Chevrolet Omega

Na mesma linha de luxuosidade, o Chevrolet Omega CD surge como o ápice da sofisticação da GM nos anos 90. Seu lançamento em 1992 surpreendeu o mercado, apresentando um modelo significativamente superior a tudo disponível no Brasil na época. Equipado com um motor 3.0 de seis cilindros importado da Alemanha, o Omega elevou os padrões de luxo e desempenho. Posteriormente, a GM introduziu no Omega CD o antigo motor 4.1 do Opala, modernizado com injeção eletrônica, como uma estratégia para reduzir custos diante da indisponibilidade do motor 3.0 na Europa.

Volkswagen Santana

O Volkswagen Santana, um dos automóveis médios que marcou a década de 1990, chegou em 1985, recebendo aprimoramentos significativos em 1991 para enfrentar a concorrência dos importados, após a reabertura do mercado. Com um visual mais esportivo, traseira elevada e uma versão de quatro portas, o sedan ganhou refinamento, incorporando características como motor 2.0 com injeção eletrônica, freios ABS, teto solar elétrico, volante com ajuste de altura, bancos com ajuste lombar, acabamento interno em couro e até um CD player.

Chevrolet Monza

Embora tenha sido lançado nos anos 80, o Chevrolet Monza deixou uma marca notável e é considerado um dos melhores carros da década de 1990. A versão mais luxuosa, Monza Classic, foi introduzida em 1986. Em 1991, passou por uma atualização visual marcante, sendo apelidado de Monza “Tubarão” devido à frente mais afilada, semelhante à ponta do corpo de um tubarão. Com esta atualização, o Monza Classic SE recebeu injeção eletrônica e apresentou itens de luxo para a época, como o painel digital compartilhado com o Kadett GSi, porém ligeiramente diferente do painel do Omega.

Chevrolet Kadett GSi

O Kadett GSi representou uma tentativa bem-sucedida da Chevrolet de conquistar o mercado brasileiro, oferecendo até uma versão conversível. Equipado com um motor de injeção multiponto analógica, capaz de gerar até 121 cv, o Kadett GSi apresentava características distintas, como rodas exclusivas, luzes de indicação, encosto de cabeça vazado e painel de instrumentos digital.

Fiat Tempra

O Fiat Tempra marcou a entrada da Fiat no segmento de carros mais refinados, anteriormente concentrada em utilitários e veículos populares. Lançado em 1991, o Tempra se destacou como o primeiro carro nacional com motor 16V em 1993 e o pioneiro sedã médio turbo produzido localmente, lançado em 1994. Equipado com um motor de 2.0 litros a gasolina de 99 cv, o Tempra oferecia uma gama de recursos, incluindo direção hidráulica progressiva, rodas de liga leve, sistema de som com toca-fitas, ar-condicionado, vidros e travas elétricas, bancos de couro, entre outros. O Tempra Turbo, introduzido como um divisor de águas, apresentava um motor 2.0 litros turbo de oito válvulas, com 165 cv e 26,5 kgfm, atingindo 0 a 100 km/h em cerca de 8,3 segundos.

Ford Escort XR3

A segunda geração do Ford Escort XR3, lançada em 1993, apresentou um novo motor 2.0 litros AP, com injeção eletrônica de combustível, capaz de gerar 115 cavalos de potência. No ano seguinte, o motor passou a operar exclusivamente com etanol, entregando 122 cv. Comparado à sua geração anterior, o Escort XR3 ficou mais alto, mais curto e mais largo, com um entre-eixos ampliado em 12 centímetros, proporcionando uma melhoria significativa no espaço interno. Oferecendo recursos como aerofólio traseiro, bancos Recaro, ar-condicionado, teto solar manual, sistema de som com toca-fitas e equalizador, rodas de 14 polegadas, entre outros.

Ford Ka

Aportando no Brasil em 1997, o Ford Ka se destacou na década de 90 com sua carroceria arredondada e sistema de injeção eletrônica. Projetado para até quatro passageiros, o Ka era mais alto e menor em comparação aos modelos da época. Disponível com motores de 1.0 litro de 54 cv e 1.3 litro de 60 cv, o Ka rapidamente se tornou um dos carros mais vendidos da década de 90, enfrentando desafios para atender à crescente demanda do mercado.

Honda Civic

O Honda Civic fez sua estreia no Brasil em 1992, sendo inicialmente importado do Japão. A partir de 1997, começou a ser montado localmente, oferecendo duas versões: LX, mais simples, e EX, mais completa. A versão LX, equipada com um motor 1.6 de até 106 cv, 192 km/h de velocidade máxima e aceleração de 0 a 100 km/h em 9,2 segundos. Já a versão EX, com o mesmo motor, mas com comando VTEC, gerava até 127 cv de potência, atingindo uma velocidade máxima de 195 km/h e acelerando de 0 a 100 km/h em 8,7 segundos. Ambas as versões ofereciam uma variedade de equipamentos de série, incluindo ar-condicionado, freios ABS e piloto automático.

Dodge Dakota

Em 1998, a fábrica da Dodge foi inaugurada no Brasil, adotando o método CKD (peças fabricadas nos Estados Unidos eram montadas no Brasil, com a adição de componentes nacionais). Nesse ano/modelo, a Dodge Dakota estava disponível apenas nas versões de cabine simples (modelos com acabamento Básico e Sport) e cabine estendida (apenas modelo com acabamento Sport). O modelo com acabamento básico vinha com um motor 2.5 a gasolina, enquanto a versão com acabamento Sport oferecia um motor 3.9 V6 a gasolina. Em 1999, a versão Sport passou a contar também com um motor turbodiesel com gerenciamento eletrônico de injeção de combustível. O preço da Dodge Dakota 1998 varia, dependendo do estado de conservação, dos itens opcionais e da quilometragem, a partir de R$ 20.648.

Alfa Romeo

A Alfa Romeo, importada oficialmente pela FIAT, chegou ao Brasil em 1990. Embora tenha conquistado sucesso rapidamente por sua potência, confiabilidade e conforto superior à média dos carros da época, a marca enfrentou desafios devido à falta de suporte pós-venda por parte da FIAT. A versão 164 Super, de 1995, contava com um motor 3.0, gerando até 192 cv de potência, 25 kgfm de torque, velocidade máxima de 201 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 8,7 segundos. O preço do Alfa Romeo 164 1995 inicia a partir de R$ 23.554.

Volkswagen Gol GTi

Perto do final da década, em 1989, a Volkswagen lançou o Gol GTi, tornando-se o primeiro carro nacional equipado com injeção eletrônica de combustível. Distinto de outros modelos Gol, o GTi apresentava faróis auxiliares, para-choques prateados, aerofólio, rodas Orbital de liga-leve de 14 polegadas, bancos do tipo Recaro, volante e alavanca de câmbio em couro nappa, entre outros. Equipado com o motor 2.0 AP2000 do Santana, mas com injeção eletrônica, o Gol GTi gerava 120 cv e 18,4 kgfm, acelerando de 0 a 100 km/h em 10 segundos. Em 1994, a VW lançou a segunda geração do Gol GTi, baseada na “geração bolinha”, com motor 2.0 16V importado da Alemanha, proporcionando 145 cv e 18,4 kgfm, atingindo os 100 km/h em apenas 8,8 segundos.

Chevrolet Vectra

O Chevrolet Vectra, lançado a partir de 1993, conquistou tanto as versões de entrada quanto os modelos topo de linha. Equipado com um propulsor 2.0 16 válvulas, as versões básicas ofereciam uma performance sólida, com 116 cv e torque de 17,3 kgfm. Já o modelo mais esportivo, com 150 cv de potência e 20,0 kgfm de torque, além de uma versão completa e atualizada com transmissão automática de quatro velocidades, motor 2.4 16V e 150 cv. Mesmo nas versões de entrada, o Vectra proporcionava uma experiência premium, incluindo banco do motorista com ajuste de altura, trio elétrico e freios a disco.

Ford Ranger

Lançada no Brasil em 1994, a Ford Ranger destacou-se como uma caminhonete fabricada nos Estados Unidos para os mercados norte-americano e latino-americano. Concorrendo com caminhonetes como Chevrolet S10, Mitsubishi L200, Volkswagen Amarok, Toyota Hilux e Nissan Frontier, a Ranger passou por uma atualização significativa no segundo semestre de 2012, tornando-se mais moderna e incluindo a opção de câmbio automático. O preço da Ford Ranger 1998 começa a partir de R$ 28.717, variando de acordo com o estado de conservação, itens opcionais e quilometragem.

Chevrolet Astra

O Astra, um dos lançamentos mais bem-sucedidos da Opel e comercializado pela Chevrolet no Brasil, cravou mais de 4 milhões de unidades vendidas, estabelecendo um recorde para o modelo. Lançado em duas versões, o Astra F ou Belga e o Astra G, apresentava opções de 3 a 5 portas. A década de 1990 viu a introdução do motor turbo para o Astra 2.0 16V, alcançando 204 cv de potência. O Astra G trouxe motores herdados do Monza, 1.8 e 2.0, ambos 8 válvulas, e um 2.0 16V nas versões mais caras.