Mercedes-Benz Classe C vale a pena comprar? É Bom de revenda? Manutenção é cara? 2024

Com dimensões ampliadas e peso reduzido em relação ao modelo anterior, o Mercedes Classe C da quarta geração (W205) se destaca no segmento devido às suas qualidades.

Desde sua introdução em 2014, a versão mais popular tem sido a C 180, equipada com o motor M274 1.6 e transmissão automática de sete marchas.

No entanto, surge a dúvida: será que o Mercedes-Benz Classe C é uma compra que vale a pena? Para responder a essa pergunta, é necessário avaliar sua ressalva no mercado de revendas e o custo associado à manutenção. Vamos analisar esses aspectos detalhadamente.

História do Mercedes-Benz Classe C

Desde sua incursão no segmento de médios em 1982 com o lançamento do modelo 190, a Mercedes-Benz traçou sua história até o surgimento do Classe C em 1993, ampliando posteriormente para incluir a versão perua Estate em 1996, esta última bastante apreciada na Europa, representando dois em cada três Classe C vendidos na Alemanha.

Ao longo dos últimos 39 anos, o design dos veículos Mercedes passou por significativas transformações, evidenciadas pelas cinco gerações do Classe C. Com a revelação da sexta geração do Mercedes Classe C, percebemos novamente uma abordagem inovadora. O carro, completamente renovado, incorpora não apenas uma evolução na plataforma MRA II, mas também adota uma nova plataforma eletrônica, aproximando-se consideravelmente da sofisticada nova geração do Classe S. Essa inspiração no design do Classe S destaca-se como um ponto notável. Vamos explorar esses avanços em detalhes.

Mercedes-Benz Classe C vale a pena comprar?

Design e Espaço

Na comparação com as duas últimas gerações do Classe C, a nova geração apresenta uma cabine ligeiramente recuada e um capô menor, refletindo a mudança na necessidade de espaço, especialmente ao considerar o uso exclusivo de motores de quatro cilindros. As colunas traseiras agora são mais largas, proporcionando uma estética de cupê, enquanto diversos vincos foram eliminados da carroceria, destacando-se dois novos que marcam o capô.

Em todas as versões, a emblemática estrela da Mercedes está inserida na grade do radiador, variando conforme o nível de equipamento. Na parte traseira, as lanternas são mais estreitas e horizontais, estendendo-se sobre a tampa do porta-malas. Destaca-se que esta é a primeira vez que um Classe C apresenta lanternas traseiras divididas.

Quanto à iluminação, os faróis full LED são padrão, e como opção, é possível equipar o sistema de Luz Digital (introduzido no novo Classe S), oferecendo funcionalidades avançadas, como a projeção de linhas-guia ou símbolos de alerta na estrada, uma iluminação extremamente clara e a identificação de pedestres em áreas escuras à frente. Esses elementos contribuem para aprimorar a experiência visual e de segurança do veículo.

Dimensões

No que diz respeito às dimensões, o espaçamento de 2,84 metros entre os eixos posiciona o novo Classe C como uma excelente escolha para um sedã executivo, enquanto seu porta-malas de 480 litros revela uma capacidade adequada para necessidades variadas.

Motorização

Quando se trata da motorização, a eletrificação assume o protagonismo no novo Classe C. Todos os modelos são equipados exclusivamente com motores de quatro cilindros, e a transmissão é sempre automática de nove marchas. Mesmo na versão mais básica, observamos a presença de tecnologia híbrido-parcial, em que o sistema ISG de motor de arranque/gerador e o sistema elétrico de 48V oferecem assistência ao motor de combustão, proporcionando 22 cv e 20,4 kgfm em situações de aceleração média e forte. Esse arranjo visa reduzir o consumo e aprimorar o desempenho do veículo. Nas versões mais sofisticadas, encontramos sistemas híbridos plenos do tipo plug-in, adicionando uma dimensão ainda mais avançada à propulsão do Classe C.

No Brasil

No Brasil, a quinta geração do Mercedes Classe C foi produzida na fábrica de Iracemápolis (SP). Contudo, a fabricante alemã optou por encerrar a produção no local, decidindo não investir na fabricação local das novas gerações do Classe C e do GLA.

A decisão de fechar a fábrica é atribuída principalmente ao agravamento econômico causado pela pandemia da covid-19, que teve impactos negativos significativos no setor automotivo.

Antecipando o encerramento das operações na fábrica, a Mercedes tomou medidas para criar um estoque do Classe C, buscando atender à demanda até a chegada da nova geração. Essa estratégia visa garantir a continuidade do fornecimento aos consumidores durante a transição para os modelos mais recentes.

Vale a Pena?

Investir em um Mercedes Classe C é sempre uma decisão vantajosa, independente da versão. Contudo, é crucial estar atento ao histórico de manutenção. A complexidade mecânica do veículo demanda conhecimento e ferramentas específicas, geralmente disponíveis apenas nas concessionárias autorizadas ou em oficinas especializadas na marca Mercedes. Vale ressaltar que um Classe C com um preço significativamente abaixo do mercado pode representar um risco financeiro, podendo exigir despesas inesperadas na manutenção para compradores menos atentos. Portanto, a aquisição desse modelo requer cuidado e verificação minuciosa para assegurar uma experiência satisfatória e evitar surpresas desagradáveis.

Mercedes-Benz Classe C é Bom de Revenda?

Revender um carro de marca de luxo, como o Mercedes-Benz Classe C seminovo, pode não ser uma tarefa rápida, especialmente se a intenção for negociá-lo diretamente com um particular. Embora não seja uma regra, é importante ter em mente que pode levar um tempo considerável para encontrar um comprador interessado no sedã ao decidir trocar de veículo.

Para quem busca uma alternativa mais ágil, a opção de utilizar o carro como parte do pagamento na compra de outro seminovo, seja em concessionárias ou agências de veículos independentes, é viável. No entanto, é importante estar ciente de que essas empresas geralmente precisam manter suas margens de lucro, o que pode resultar em uma precificação mais baixa para o carro.

Uma boa notícia é que o Mercedes Classe C seminovo não sofre uma depreciação tão acentuada quanto muitos carros de marcas premium. Conforme dados da KBB Brasil, a variante Avantgarde do sedã apresentou uma desvalorização de 6,14%, enquanto a configuração topo de linha Exclusive registrou uma perda de 4,47%. No entanto, é natural no mercado que a chegada da sexta geração do Classe C intensifique essa depreciação para os modelos seminovos da Mercedes-Benz Classe C.

Mercedes-Benz Classe C Manutenção é Cara?

Para o modelo Classe C a partir de 2015, as revisões são programadas a cada 10.000 km, alternando entre os serviços Assyst A e Assyst B. Aos 10.000 km, a revisão Assyst A demanda um investimento de R$ 1.700, seguida pela revisão Assyst B aos 20.000 km, com um custo de R$ 3.100. Aos 30.000 km, a revisão Assyst A apresenta um valor de R$ 4.200, seguida pela revisão Assyst B aos 40.000 km, que tem um custo de R$ 3.100. A última revisão a cada 50.000 km, do tipo Assyst A, totaliza R$ 1.700. Somando todos esses valores, o custo total de manutenção para as revisões programadas até os 50.000 km alcança R$ 13.800.

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