Toyota Corolla usado, vale a pena comprar em 2024? Vantagens e Desvantagens 2024

Com sua reputação global e histórico de sucesso ao longo de várias gerações, o Toyota Corolla é amplamente aclamado. No Brasil, seis gerações marcaram presença nas últimas três décadas. Mesmo para aqueles com um orçamento inferior a R$ 100 mil, adquirir um modelo usado continua sendo um sonho alcançável. O número de admiradores é notável, com muitos preferindo o Corolla sobre seus concorrentes.

Vantagens de Comprar um Toyota Corolla usado

Tão confiável quanto um Toyota Corolla novo, que foi o vencedor do comparativo recente, um usado possui diversas vantagens, especialmente sua confiabilidade mecânica.

Ao ponderar sobre modelos ou versões do Corolla que podem não valer a pena ter na garagem, é importante reconhecer inicialmente o que torna esse carro tão desejável. Mesmo sendo rotulado por alguns como “Vovôrolla”, o Corolla é reverenciado por sua simplicidade e durabilidade mecânica. Seu apelo está menos no espaço interno ou na lista de recursos, e mais na consistência em todas essas áreas, principalmente na mecânica, poupando consideravelmente em manutenção não planejada.

Essa reputação se traduz em excelente liquidez no mercado de usados e, consequentemente, em desvalorização mínima. Isso é um fator crucial para muitos compradores. No entanto, há certos modelos de Corolla que devem ser evitados.

Enquanto alguns carros enfrentam problemas recorrentes com transmissões automáticas, como a caixa AL4 em alguns modelos de Peugeot, Citroën e Renault, o Corolla raramente é alvo de críticas quanto às suas transmissões automáticas ao longo de sua história. Exceções podem ser os modelos automáticos entre 2009 e 2012, equipados com motor 1.8.

Raramente se ouve reclamações sobre o Toyota Corolla. Seja de proprietários fiéis que estão no terceiro sedã da Toyota ou de ex-taxistas que lamentam a troca por um carro de outra marca.

Essa paixão duradoura pelo Corolla transcende gerações e é evidente até mesmo no mercado de usados, onde os modelos da marca japonesa desaparecem rapidamente das lojas independentes ou concessionárias.

O Corolla, mesmo em sua geração passada, continua a ser uma escolha sólida, produzida em Indaiatuba (SP) de 2014 a 2019. Conforto na condução, mecânica confiável, dirigibilidade precisa e custo de manutenção acessível o tornam sempre uma opção atraente.

No entanto, não espere encontrar um Corolla barato, mesmo nas versões de 2016. Os preços variam entre R$ 80 mil e R$ 100 mil nos principais sites de compra e venda, mas mesmo assim, ele oferece mais equipamentos do que muitos compactos zero quilômetro vendidos por valores semelhantes, além de ser mais espaçoso e confortável.

Desempenho dos motores

O Corolla 2016 estava disponível em quatro versões de acabamento, oferecendo duas opções de motores. As versões de entrada vinham com um motor 1.8 16V, entregando 144cv com etanol e 139cv com gasolina, com torque máximo de 18,4kgfm (etanol) e 17,7kgfm (gasolina). As variantes mais caras eram equipadas com o motor 2.0 16V, oferecendo 154cv com etanol e 143cv com gasolina, além de torque de 20,3kgfm (etanol) e 19,4kgfm (gasolina).

Ambos os motores seguem o padrão de desempenho da Toyota, proporcionando uma condução confortável com potência suficiente para motoristas convencionais, sem características esportivas. Na época, a Toyota afirmou que o Corolla 2.0 poderia alcançar os 100km/h em 9,6 segundos.

É importante mencionar que a função sport da transmissão CVT é dispensável, aumentando apenas a rotação do motor sem melhorar significativamente o desempenho do carro.

Ambos os motores são avançados e possuem variação de fase nos comandos de válvulas. Além disso, nesta geração do Corolla, os conjuntos mecânicos passaram a contar com sistema de partida a frio, dispensando o uso do tanquinho extra.

Transmissão automática

O destaque do Corolla nesta fase é sua transmissão continuamente variável (CVT), chamada pela Toyota de Multidrive. Este é um dos melhores ajustes de câmbio CVT disponíveis, oferecendo uma sensação mais ágil ao dirigir.

Com sete marchas simuladas, o CVT do Corolla de 11ª geração combina bem com ambos os motores, proporcionando uma experiência de condução suave e eficiente.

Consumo invejável

A eficiência do Corolla é evidente em seu consumo de combustível. De acordo com testes do Inmetro na época, o modelo da Toyota apresentava um dos melhores consumos em sua categoria, recebendo nota A com gasolina.

Toyota Corolla 1.8

• Consumo etanol cidade: 7,8km/l
• Consumo etanol estrada: 9,2km/l
• Consumo gasolina cidade: 11,4km/l
• Consumo gasolina estrada: 13,2km/l

Toyota Corolla 2.0

• Consumo etanol cidade: 7,2km/l
• Consumo etanol estrada: 8,7km/l
• Consumo gasolina cidade: 10,6km/l
• Consumo gasolina estrada: 12,6km/l

Um sedã confortável

Como esperado, o Corolla se destaca por oferecer conforto e equilíbrio. Sua carroceria rígida e suspensão bem ajustada proporcionam uma condução suave, absorvendo bem as irregularidades da estrada.

O isolamento acústico na linha 2016 do Corolla é impressionante, garantindo uma cabine silenciosa mesmo em altas velocidades na estrada.

Revenda

Surpreendentemente, o Corolla só recebeu controle eletrônico de estabilidade e tração a partir da linha 2018, enquanto seus concorrentes já ofereciam esses recursos há algum tempo. Além disso, algumas versões não possuíam ar-condicionado automático ou outros recursos comuns em sedãs médios.

Apesar de algumas falhas em termos de equipamentos, o Corolla continua sendo fácil de revender e mantém uma desvalorização baixa. Em média, um Corolla usado desta geração é vendido em até 30 dias e mantém uma desvalorização de apenas 7% em 2016.

Desvantagens de Comprar um Toyota Corolla usado

Acabamento não se destaca

Apesar de não ser um ponto negativo grave, o acabamento do Corolla não se destaca positivamente na linha de sedãs. O excesso de plástico, o design datado e a sensação de simplicidade das cabines não condizem com um carro que nunca foi considerado barato. Algumas versões mais completas oferecem bancos revestidos em couro, com opções de cores bege ou cinza e acabamento bicolor no interior.

Problemas com câmbio automático

De acordo com Breno, proprietário de uma oficina especializada em manutenção de câmbios automáticos, os modelos de Corolla frequentemente apresentam problemas nessa área. Essa é uma preocupação para quem considera adquirir um Corolla usado.

Ausência de ABS

O sistema de freios com ABS é crucial para evitar o travamento das rodas em situações de frenagem brusca ou em pisos de baixa aderência. No entanto, o Corolla e outros modelos similares careceram desse sistema até 2014, quando se tornou obrigatório por lei. Versões anteriores a esse ano, como a XLi fabricada em 2013, podem não possuir ABS, o que deve ser considerado ao comprar um Corolla usado.

Falta de transmissão automática

Atualmente, não é mais possível encontrar versões zero-quilômetro do Corolla com transmissão manual, sendo a última disponível na versão GLi do modelo 2018. Embora sejam bons de dirigir, os Corollas manuais estão fora de sintonia com a preferência do mercado, o que pode afetar sua revenda. No entanto, se a revenda não é uma preocupação e o comprador valoriza a experiência de condução, um Corolla manual pode ser uma opção.

Sem controles de estabilidade e tração

Apesar das vendas consistentes do Corolla, a Toyota enfrentou críticas por sua resistência em adotar certas atualizações. Por exemplo, persistiu com um câmbio automático de quatro marchas até o modelo de 2014 e demorou para incluir importantes recursos de segurança, como controles de estabilidade e tração, que só foram introduzidos no modelo de 2018.

Enquanto concorrentes como Chevrolet Vectra e Ford Focus já ofereciam controle de tração há mais de duas décadas, os modelos da Toyota só passaram a contar com esses recursos a partir de 2018. Embora um Corolla 2017 não seja necessariamente ruim por não ter esses recursos, sua ausência pode ser vista como uma desvantagem em comparação com outros carros da mesma categoria que os ofereciam.

Corolla 98

Em relação ao design, é importante reconhecer que esta é uma questão subjetiva. No entanto, o modelo de 1998 do Corolla, o último importado para o Brasil, é frequentemente citado como controverso. Com seus faróis redondos, muitas pessoas talvez nem o reconheçam como um Corolla à primeira vista.

Pessoalmente, não considero o Corolla 98 tão ruim. Ele é simplesmente diferente, e eu aprecio carros que se destacam da norma. Já dediquei uma coluna inteira ao peculiar e fascinante Fiat Múltipla, então meu respeito pelo Corolla 98 não é surpreendente. No entanto, por ser uma interpretação única do design do Corolla, ele foi incluído nesta lista.

Vale a Pena?

Quando se trata de carros usados que valem a pena, é impossível não mencionar o líder do segmento médio e best-seller da Toyota no Brasil: o Corolla. Embora talvez não seja o primeiro escolha de todos os que procuram um sedan médio, ele certamente se destaca por qualidades que vão além de sua estética.

Geralmente bem equipado de fábrica, o Corolla costuma vir com revestimento em couro e oferece um bom valor de revenda com baixa depreciação. Reconhecido por sua mecânica robusta, com motores 1.8 e 2.0 e transmissão automática (mesmo que de quatro marchas) ou CVT, o Corolla é elogiado no mercado por sua confiabilidade.

Sendo um carro de projeto simples, com eixo de torção e molas e amortecedores integrados na traseira, o Corolla não é complicado de manter e possui um custo de reparo acessível. Além disso, a Toyota é reconhecida mundialmente por seu serviço pós-venda de qualidade, cultivando uma base de clientes fiéis que tendem a permanecer com a marca ao longo dos anos.

Confortável, espaçoso e com um custo de seguro razoável, o Corolla oferece uma experiência completa aos seus proprietários. Embora o preço de compra possa ser mais alto do que o de seus concorrentes, a perda de valor na revenda é menor, uma vantagem destacada tanto pela marca quanto pelos clientes.

Toyota Corolla Fotos

Toyota Corolla Fotos Interior