Ford Ranger vale a pena comprar? É Bom de revenda? Manutenção é cara? 2024

A Ford Ranger se destaca como uma das picapes mais famosas da sua categoria. Recebeu elogios dos especialistas e conquistou o coração dos compradores. Em breve, podemos aguardar o lançamento da próxima geração desse modelo, que promete causar um impacto no mercado. No ano passado, quando tivemos a oportunidade de testar a versão FX4, compartilhamos nossa opinião sobre se valia a pena adquirir a Ranger atual ou aguardar pela chegada dessa novidade.

A Ford Ranger

Depois de mais de dois anos desde o fechamento tumultuado das fábricas no Brasil, a Ford continua empenhada em reconstruir sua imagem diante do público, que, pelo menos nas redes sociais, parece ter levado essa decisão estratégica para o lado pessoal.

Se antes tivemos lançamentos mais limitados (como a F-150 e o Maverick), no caso da Ford Ranger é uma história diferente: a nova geração da picape média traz uma atualização de um nome já bastante conhecido (e admirado) no mercado; e o que é ainda mais importante, desta vez essa novidade chega com preços bem atrativos.

Sobre a Ranger Limited, que é a versão mais completa, está sendo lançada com um preço inicial de R$ 319.990. A unidade que aparece nas fotos vem com um pacote opcional que inclui rodas de aro 20, câmeras para auxiliar em manobras e sistemas de automação para o veículo, fazendo com que o valor suba para R$ 339.990. Mesmo assim, o preço fica praticamente no mesmo patamar que uma Toyota Hilux SRX Limited (R$ 335.590) ou uma Volkswagen Amarok Extreme (R$ 335.500).

O que diferencia a caminhonete da Ford é que ela está uma geração à frente das concorrentes, e isso já é perceptível em sua aparência mais atualizada. Na frente, assim como na Maverick, ela segue as linhas gerais da F-150, com faróis em LED em formato de C e uma longa barra horizontal que conecta as extremidades do capô. A carroceria tem um formato mais angular em comparação com as outras no mercado, e as lanternas têm recortes que trazem um toque de diferenciação para a parte que é mais desafiadora de inovar em um veículo desse tipo.

No entanto, nada simboliza essa atualização de geração tão claramente quanto o interior. Na cabine, a nova Ranger segue a tendência atual de telas generosas, mas com um toque que agrada aos amantes de picapes. Um exemplo disso é a central multimídia de 12 polegadas, que não fica solta no painel e é orientada verticalmente, uma escolha que faz sucesso nesse grupo de pessoas. O painel de instrumentos de 12,4 polegadas também aposta forte na qualidade visual e em animações bem feitas, enquanto fornece informações de forma eficaz.

Vale a Pena

Na Ranger, a alavanca de câmbio foi substituída por um joystick compacto, e ela traz características que podem não ser super impressionantes, mas que ainda fazem falta em suas concorrentes, como o carregador de celular por indução e as entradas USB Tipo-C. No entanto, isso não seria suficiente se a performance não estivesse à altura.

Para não comprometer os outros pontos positivos da Ranger (como tecnologia, design, entre outros), a Ford precisava oferecer um motor de alto desempenho. É por isso que as versões mais avançadas estreiam com um motor 3.0 V6 turbo diesel, produzindo 250 cv e impressionantes 61,2 kgfm de torque.

Olhando para os números, dá para imaginar que essa Ranger anda muito bem, e é difícil acreditar que a performance deixaria a desejar para os motoristas, tanto em viagens na estrada quanto em trajetos urbanos e fora de estrada. No entanto, considerando que ela compartilha a mesma transmissão automática de dez marchas da F-150 e do Mustang, havia uma expectativa por um desempenho um pouco mais elevado.

Realmente, a caixa de câmbio de dez marchas oferece benefícios na condução, com transições suaves e bem coordenadas, sem lacunas, graças a mudanças rápidas e habilmente executadas pelo software, que inclusive pode ser atualizado via internet. No entanto, é surpreendente descobrir que a Volkswagen Amarok, mesmo tendo menos torque e duas marchas a menos, consegue acelerar de 0 a 100 km/h mais rapidamente do que a concorrente da Ford. Enquanto a Amarok completa essa prova em 8,3 segundos, a Ranger leva 9,4 segundos.

A evolução geracional também demonstra suas vantagens quando longe do asfalto, onde a Ranger oferece três modos específicos de condução, totalizando seis opções. Esses ajustes têm um impacto direto no comportamento da tração 4×4, além dos sistemas de controle de tração e estabilidade, os quais podem ser mais ou menos sensíveis de acordo com a situação. Nas descidas íngremes, há um sistema que mantém o carro estável automaticamente, e a assistência elétrica nos quatro freios a disco proporciona uma condução suave e precisa.

NÃO Vale a Pena

A Ranger também consome mais combustível, mesmo apresentando uma mecânica mais moderna: faz cerca de 7,6 km/l na área urbana e atinge 10,7 km/l em estradas, em comparação com os 9,4 km/l e 11,8 km/l da sua colega que é produzida na mesma avenida em General Pacheco, cidade próxima a Buenos Aires, na Argentina.

Apesar da sua elevada rigidez torcional, a Ranger não consegue oferecer o mesmo nível de conforto de um SUV, e a sensação de rigidez de uma picape está sempre presente, o que a torna uma opção menos adequada para a vida nas cidades.

É Boa na Revenda

Tem surgido informações nas redes sociais sobre a possibilidade da Ford Ranger ter um valor de revenda desfavorável nos Estados Unidos. Mas será que isso realmente procede?

De acordo com análises, a Ford Ranger sofre uma desvalorização mais significativa em comparação com suas concorrentes diretas, como a Toyota Tacoma e a Chevrolet Colorado. Isso quer dizer que, após alguns anos de uso, é provável que a Ranger tenha um valor menor no mercado de revenda em comparação com suas rivais. Mesmo que essa análise seja voltada para o mercado dos Estados Unidos, há relatos que indicam um fenômeno similar de desvalorização da Ford Ranger em outros países, incluindo o Brasil. A desvalorização é um aspecto que afeta todos os veículos, não importando sua idade ou a quilometragem rodada.

O principal fator que contribui para a intensificação da queda nos valores de modelos a diesel está principalmente ligado ao aumento do preço do diesel, que tem se mantido substancialmente acima dos preços dos outros tipos de combustíveis.
Entre os modelos que mais enfrentam desvalorização de acordo com a pesquisa, o Ford Ranger XLS 2023 se destaca com a maior perda de valor. Seu preço caiu de R$ 232.900 para R$ 183.009 em apenas um ano, resultando em uma redução de aproximadamente R$ 49.891.

Algumas medidas podem ser adotadas para reduzir o impacto da desvalorização na Ranger. Manter o veículo em boas condições, realizar as revisões de maneira regular e evitar alterações que possam comprometer a autenticidade do carro são passos que podem ajudar a minimizar a queda de valor.

Ford Ranger Manutenção

No site da Ford, eles destacam um serviço chamado Revisão Inteligente, que acompanha automaticamente o estado do veículo e emite um aviso quando é hora de levar o carro para a concessionária.

No caso da Nova Ranger 2024, as revisões são recomendadas a cada 16.000 km ou a cada 12 meses, o que acontecer primeiro. A menos que uma mensagem no painel indique que a revisão precisa ser feita mais cedo.

Embora a Ford ainda não tenha fornecido todos os detalhes das revisões para a picape no site, eles informaram apenas o custo da troca de óleo do motor e do filtro de óleo. Para as versões 2.0, esse serviço tem um valor de R$ 1.212, enquanto as opções 3.0 requerem um investimento de R$ 1.255 por parte dos proprietários.

Ford Ranger Fotos

Ford Ranger Fotos Interior