Honda City vale a pena comprar? É Bom de revenda? Manutenção é cara? 2024

É indiscutível que o Honda City é um produto bem-sucedido e a maioria esmagadora dos seus consumidores está extremamente satisfeita. Mas a partir de agora, nossa análise te mostrará se realmente carro vale a pena comprar. Veremos a seguir se ele é bom de revenda e quão cara é sua manutenção. Fique conosco até o fim e desfrute dessa analise detalhada!

O Honda City Vale a Pena Comprar?

Para alcançar uma fórmula lucrativa e atrativa, a Honda teve que modificar o City. Enquanto isso o tornou um veículo mais equipado, por outro lado possibilitou que este novo City que ainda não chegou em sua nova geração aqui no Brasil, aprimorasse em outros aspectos essenciais para conquistar clientes que estão desamparados pelo aposentado Honda Civic.

Vale a Pena

Estilo: A geração passada do Honda City já era apreciada pelo visual, mas notamos que o novo modelo elevou isso a um nível superior, como se tivesse passado por uma “transformação de Civic”. A parte da frente lembra bastante a de um sedã médio, enquanto a traseira se assemelha a alguns modelos da BMW, como o 320i. De qualquer maneira, especialmente na sua versão Touring, o Honda City não decepciona quando se trata de estilo e convence mais do que o Toyota Yaris, um dos seus concorrentes mais diretos – com o Nissan Versa, a disputa é acirrada.

Espaço interno: O Honda City é um sedan compacto, mas suas dimensões são comparáveis a um modelo médio: tem 4,59m de comprimento e um entre-eixos de 2,60m. No entanto, esses valores pouco representam a verdadeira sensação de estar dentro deste carro, que é, de longe, o mais amplo da categoria. Se você está pensando em adquirir um SUV compacto para a família, é melhor reconsiderar e conhecer o City. Aqui, uma família é muito bem atendida, pois há, além de espaço na fileira de trás, um vasto porta-malas com capacidade para 519 litros, suficiente para muitas malas e compras de supermercado. Isso sem mencionar os Magic Seats, herdados do extinto Honda Fit.

Suspensão: O ajuste da suspensão do Honda City se aproximou significativamente do que já observamos em modelos de uma categoria acima, como o próprio Civic, e isso pode atrair clientes que buscam sedans médios. A condução com ele é muito agradável e a capacidade de absorção dos impactos é digna de elogios. Mesmo assim, ele lida muito bem com curvas, embora seja um carro que está longe de ter um apelo esportivo.

Consumo: O novo motor 1.5 aspirado de injeção direta, que equipa o novo Honda City, entrega 126cv e 15,8 kgf/m de torque. Se ele não impressiona em desempenho, pelo menos no consumo vai lhe dar motivos para se emocionar… de felicidade. Em alguns testes, sempre usando gasolina, os resultados foram surpreendentes. A média de consumo na estrada ficou em torno de 18 km/l, enquanto na cidade alcança um pouco mais de 11 km/l. Ao final de uma semana, a média era de 14,3 km/l no mostrador do computador de bordo. Existem relatos na internet de pessoas que chegaram a fazer 20 km/l na estrada com esse sedan.

Tecnologia: Na versão Touring, o Honda City revela sua abordagem tecnológica e vem equipado com um excelente conjunto de dispositivos que o tornam mais atrativo e seguro. Nesse modelo, o Honda Sensing está presente e adiciona itens importantes ao sedã.

NÃO Vale a Pena

Sistema multimídia: A despeito de estar melhor em relação à geração anterior, o sistema multimídia do novo Honda City é um dos piores do mercado. O cliente que adquire esse carro pode até não se importar, mas considerando o padrão da categoria em que se encontra, é inaceitável que um veículo com esse preço e nível apresente um equipamento tão insatisfatório. Para começar, o sistema operacional é bastante lento e desatualizado. Embora o espelhamento com Android Auto e Apple CarPlay seja feito sem fio, a resolução da tela deixa a desejar. Além disso, a câmera de ré oferece uma imagem terrível, inferior até mesmo a de modelos de entrada. A Honda precisa melhorar urgentemente essa questão.

Carregamento: Praticamente todos os sedans compactos em suas versões mais avançadas são equipados com carregadores por indução. Não há motivo para essa economia da Honda, especialmente se considerarmos que o novo Honda City possui o espelhamento de celulares sem fio.

Isolamento acústico: Viajamos bastante com o novo Honda City, tanto na versão EXL quanto na Touring, e é evidente que essa nova geração apresenta um pequeno problema com o isolamento acústico. Tudo bem: os compradores dessa categoria de carro podem não se importar muito com esse detalhe e não esperam que ele alcance o nível de um sedan médio, mas o preço sugerido pelo modelo demanda maior cuidado nesse aspecto. Na comparação direta com o Nissan Versa, por exemplo, o Honda ficou aquém nesse requisito.

Falta de motor turbo: Aqui reside uma deficiência do Honda City, a qual será abordada no próximo e último item desta lista. A Honda está desperdiçando a chance  de fazer com que esse novo notável sedan seja definitivamente imbatível com a inclusão de um motor turbo 1.0. Seus concorrentes diretos não optaram por essa escolha, e isso possivelmente influenciou a montadora a tomar a mesma decisão. Uma oportunidade perdida. Talvez isso abra espaço para uma futura versão híbrida, que já está presente em outros mercados. No entanto, uma variante turbo transformaria completamente esse sedan e poderia atrair clientes de SUVs e modelos maiores. É algo para ser considerado.

Desempenho: O novo Honda City vem equipado com uma versão atualizada do conhecido motor 1.5 aspirado que fez sucesso na geração anterior do carro e também no Honda Fit. Desta vez, porém, a alimentação é realizada por injeção direta, o que resultou em mais potência (126cv) e uma considerável melhoria no consumo de combustível. No entanto, em nossa perspectiva, o carro não empolga. O tempo de aceleração de 0 a 100 km/h do novo Honda City com esse motor é de 10,6s, inferior aos seus concorrentes com motor turbo, mas superior aos concorrentes diretos como Toyota Yaris e Nissan Versa. Entretanto, no uso diário, sentimos falta de mais torque em baixas rotações, o que o tornaria um carro mais dinâmico. Na estrada, contudo, ele até apresenta um comportamento mais interessante e maior elasticidade. No entanto, para alcançar esse desempenho, “grita” demais, principalmente devido ao funcionamento do câmbio CVT que simula sete marchas.

O Honda City É Bom de Revenda?

Quanto à questão de revenda, há um empate entre Nissan Frontier e o Honda City, que registram 14,9% de valorização após os primeiros 12 meses de uso. Sendo um carro muito bom na hora da revenda.

Manutenção do Honda City é Cara?

Falando agora sobre a manutenção do Honda City, os custos podem variar ao longo dos primeiros 60.000 km. Aos 10.000 km, o valor é de R$ 389,83, e aos 20.000 km, sobe para R$ 612,65. Aos 30.000 km, a despesa cai para R$ 499,00, mas aos 40.000 km, aumenta consideravelmente para R$ 1.017,57. A marca dos 50.000 km traz um retorno ao valor de R$ 389,83, e aos 60.000 km, os custos de manutenção atingem R$ 719,84. Esses dados são importantes a serem considerados por quem pensa em adquirir esse sedan e planeja seus gastos a longo prazo.