Renault Duster vale a pena comprar? É Bom de revenda? Manutenção é cara? 2024

O Renault Duster 2024 permanece estável no mercado brasileiro, sendo vendido como alternativa inicial da Renault entre os utilitários esportivos, logo abaixo do Renault Captur, que representa a mais recente escolha na variedade de modelos mistos e utilitários esportivos da empresa francesa no território nacional. Mas será mesmo que o Duster vale a pena comprar? Veja a seguir mais sobre sua manutenção e se é bom revenda!

Renault Duster vale a pena comprar?

Ante de tudo vale lembrar que o Duster referência é o da linha 2024. Sendo assim veja nossas avaliações a seguir:

Vale a Pena

O Duster constantemente baseou sua principal justificativa na dimensão e solidez. Apesar de rivalizar no setor de modelos menores, proporciona habitáculo mais espaçoso que o dos concorrentes, compartimento de bagagens generoso e adequada distância em relação ao solo.

Tanto nas duas fileiras de assento quanto no compartimento de carga, raramente os passageiros ou as bagagens enfrentam aperto dentro dele. Os 475 litros do porta-malas sempre foram suficientes (e até excedentes) para acomodar tudo.

O conforto a bordo é adequado ao setor de utilitários esportivos compactos comuns. Há falta de requinte nas suspensões e no material dos bancos, mas os bancos dianteiros acomodam confortavelmente o corpo do condutor e do passageiro, e mesmo em percursos mais extensos não se percebe nenhum tipo de fadiga.

A partir da introdução da segunda edição, em 2020, o Duster adquiriu direção elétrica, significativamente mais suave e precisa que o anterior sistema eletro-hidráulico que o equipava. Isso auxilia a evitar o cansaço do condutor em viagens rodoviárias.

Há pouco tempo, o Renault Duster recebeu a versão de topo que algora é uma configuração com motor 1.3 16V TCe turboflex de 170/162 cv, sendo que o torque é de 27,5 kgfm a 1.600 rpm. Com isso, o modelo agora é comercializado em quatro opções, com valores variando entre R$ 110.790 (Intense manual) e R$ R$ 143.390 (Iconic 1.3).

A configuração mais cara e turbinada sempre inclui a transmissão automática de oito velocidades simuladas do tipo CVT. Essa mesma transmissão também está disponível nas versões sem turbo.

Diante do próximo término de produção do Captur e até a introdução do veículo elétrico Mégane E-Tech e do modelo híbrido Arkana E-Tech, o Renault Duster versão de topo assumiu a posição de produto mais requintado da fabricante francesa no mercado brasileiro.

O utilitário esportivo que proporciona possivelmente o mais elevado patamar de espaço interior do setor e uma interessante proporção de custo-benefício, especialmente nessa variante, a única a utilizar o propulsor 1.3 turbo flex de até 170 cv. Essa motorização transforma o desempenho de forma significativa em comparação com o 1.6 SCe empregado nas versões iniciais.

É necessário mencionar que o Renault Duster transformou-se em outro utilitário esportivo com o propulsor 1.3 turbo flex criado pela Renault em colaboração com a Mercedes-Benz, e que atualmente é trazido ao Brasil por meio de importação. Com essa motorização, o estigma de falta de potência presente nas versões 1.6 aspiradas fica para trás.

NÃO Vale a Pena

O utilitário esportivo da Renault constantemente foi alvo de críticas quanto ao acabamento interno e também não escapa de contratempos, de acordo com os proprietários. Além disso, existem diversas questões levantadas nos fóruns de proprietários do Duster e no site do Reclame Aqui referentes à escassez de peças de reposição. A boa notícia é que grande parte das reclamações recebeu resposta por parte da Renault.

Também conhecido como overbumper, a moldura do para-choque é uma salvaguarda do para-choque que, no exemplo do Duster, se desprende facilmente, de acordo com as dificuldades apontadas pelos seus proprietários. São frequentes os relatos de donos do utilitário esportivo que constantemente precisam encaixar a peça novamente ou até mesmo a perdem, pois ela se desprendeu durante a viagem.

As reclamações também se aplicam à ausência do dispositivo nas lojas autorizadas. Vários clientes afirmam que precisaram aguardar meses pelo acessório. A maior parte das situações no Reclame Aqui recebeu resposta por parte da fabricante francesa.

São numerosas as reclamações referentes a ruídos excessivos no painel e à qualidade dos fechamentos do Duster. No entanto, um elemento que se destaca nos relatos de problemas do Renault Duster, segundo os proprietários, é o puxador interno.

Existem vários depoimentos sobre a quebra da peça e sobre a necessidade de trocas frequentes do componente em veículos com menos de dois anos de uso. Grande parte das questões recebeu resposta.

Pense você acabar de sair com o utilitário esportivo da revendedora Renault e parar alguns quilômetros adiante devido à transmissão enguiçada? Isso ocorreu com um proprietário do Duster, mas existem outros que relatam o mesmo contratempo com a caixa de câmbio automática CVT em veículos com menos de 20 mil km rodados. A grande maioria das situações foi respondida e/ou resolvida pela fabricante.

Ruídos e dificuldades prematuras no conjunto da suspensão são queixas frequentes também de proprietários do Duster. Há descrições sobre os amortecedores que apresentam vazamentos em veículos que rodaram apenas 10mil km. Em outras situações, ocorrem batidas intensas na caixa de roda, como se o utilitário esportivo estivesse atingindo o fim do curso.

O ponto é que o absorvedor de choque não está coberto pela garantia de nenhuma fabricante. Apesar disso, muitos dos casos receberam resposta por parte da Renault.

Renault Duster É Bom de Revenda?

O Renault Duster é um carro que fica entre os melhores em revenda, com baixa depreciação ao longo de um ano. Na premiação Melhor Revenda promovida pelo Quatro Rodas, o Duster na categoria SUV Compacto de Acesso fica em 3º, com índice de depreciação de 17%. Sua ocupação fica a frente de C4 Cactus, Creta Action e Peugeot 2008.

Renault Duster Manutenção É Cara?

Os valores das manutenções aumentam à medida que a quilometragem avança. Na manutenção de 10.000 km, o custo é de R$ 547,94 para o motor 1.6 SCe, R$ 618,98 para o motor 1.3 Turbo e R$ 619,33 para o motor 2.0 (que já foi descontinuado).

Entretanto, é importante ressaltar que o preço da manutenção podem variar conforme a concessionária e a região. Ao alcançar a marca de 40.000 km, o gasto com a manutenção chega a R$ 1.015,70 para o motor 1.6 SCe, R$ 1.359,10 para o motor 1.3 Turbo e R$ 938,57 para o motor 2.0.

Aos 60.000 km, o custo da manutenção permanece o mesmo do marco anterior, sendo R$ 666,96 para o motor 1.6 SCe, R$ 738,00 para o motor 1.3 Turbo e R$ 738,35 para o motor 2.0. Somando todas as revisões até os 60.000 km, o valor total fica em R$ 4.112,46 para o motor 1.6 SCe, R$ 4.811,06 para o motor 1.3 Turbo e R$ 4.392,28 para o motor 2.0.

Assim, apesar do conforto e desempenho oferecidos pelo Renault Duster, os custos de manutenção precisam ser levados em consideração pelos proprietários do veículo.

Renault Duster Fotos

Renault Duster Fotos Interior